Brahmagupta
Brahmagupta nasceu no ano de 598. Foi um matemático e astrônomo da Índia Central que demonstrou a solução geral para a equação do segundo grau em números inteiros (as diofantinas) e desenvolveu métodos algébricos gerais para aplicação na Astronomia, em sua principal obra, Brahmasphutasidanta (650).
Em seu livro, Brahmasphutasidanta, eleva o zero à categoria dos samkhya (ou seja, dos números) ao dar as primeiras regras para se calcular com o zero: um número multiplicado por zero resulta em zero; a soma e a diferença de um número com zero resulta neste número; etc.
Entre suas descobertas está a generalização natural da fórmula de Heron para os quadriláteros cíclicos, tão importante, que é considerada como a mais notável descoberta da geometria hindu, feita por Brahmagupta.
Escreveu um livro em versos sobre Astronomia, com dois capítulos sobre as matemáticas: progressão aritmética (com a qual encontrou a soma da série dos números naturais), equações do 2º grau e geometria (com a qual encontrou as áreas de triângulos, quadriláteros e círculos, bem como volumes e superfícies laterais de pirâmides e cones). Nesse livro, há a negação da rotação da Terra.
Algarismos arábicos - Os símbolos numéricos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, os algarismos, foram inventados pelos hindus, por volta do século V d.C., para um sistema de numeração de base 10, com notação posicional. O uso do zero pelos hindus é registrado no século VII, na obra "Brahmasphutasidanta" (A abertura do universo), escrita por Brahmagupta.
O sistema numérico dos hindus é divulgado pelo livro "Sobre a arte indiana de calcular", escrito em 825 pelo matemático e astrônomo persa al-Kwarizmi (origem das palavras algarismo e algoritmo). A obra de al-Kwarizmi chega à Espanha islamizada no século X. Os símbolos numéricos hindus são adotados pelos comerciantes italianos e propagam-se por toda a Europa. Ganham o nome de algarismos arábicos em contraposição ao sistema numérico romano, ainda utilizado na época.