Srinivasa Ramanujan
Srinivasa Ramanujan foi um matemático indiano nascido em Erode, uma pequena localidade a quatrocentos quilômetros a sudoeste de Madras, na Índia, em 22 de dezembro de 1887. Realizou contribuições importantes nas áreas da análise matemática, teoria dos números, séries infinitas, frações continuadas, entre outras. Com um ano de idade foi com os seus pais para a cidade de Kumbakonam, onde mais tarde frequentou a escola primária e o liceu. Aos cinco anos vai para a escola e impressiona todos por sua excepcional inteligência, pois parece já saber tudo o que é ensinado, revelando-se um bom aluno em todas as disciplinas.
Em 1900, com treze anos, começou a estudar sozinho séries aritméticas e geométricas. Com 15 anos, aprendeu a achar soluções de polinômios de grau três e desenvolveu um método para resolver polinômios de grau quatro. No ano seguinte, desconhecendo a não existência da fórmula resolvente para os polinômios do quinto grau, tentou em vão descobri-la.
Nessa época, seus colegas conseguiram que a biblioteca lhe emprestasse um livro que foi essencial ao seu desenvolvimento e brilhantismo matemático. A obra era a "Synopsis of Elementary Results on Pure Mathematics", do autor George Shoobridge Carr, professor da Universidade de Cambridge. O livro apresentava cerca de 6.000 teoremas e fórmulas com poucas demonstrações, o que influenciou a maneira de Ramanujan interpretar a matemática. Demonstrou todas as fórmulas e teoremas, esgotou a geometria e passou a se dedicar à álgebra.
Em 1904, com 17 anos, Ramanujan estudou a série harmônica, S (1/n), e calculou a constante de Euler, gamma, até 15 casas decimais. Começou depois a estudar os números de Bernoulli, fazendo descobertas importantes. Devido ao seu bom desempenho escolar, recebeu uma bolsa para a Universidade Estatal em Kumbakonam. No entanto, no ano seguinte a bolsa não foi renovada porque Ramanujan dedicava cada vez mais tempo à matemática, em detrimento das outras disciplinas.
Nesta altura, Ramanujan dedicava-se às séries hiper geométricas e às relações entre integrais e séries. Mais tarde, estudou as chamadas funções elípticas. Em 1906, foi para Madras onde ingressou na Universidade de Pachayappa. Seu objetivo era passar o First Arts Examination, o que lhe permitiria entrar para a Universidade de Madras. Frequentou as aulas, mas adoeceu ao fim de três meses. Mais tarde, fez o First Arts Examination, sendo aprovado na matemática, mas reprovado em todas as outras disciplinas. Assim, foi reprovado no exame e não ingressou na Universidade de Madras.
Nos anos seguintes, continuou a fazer investigação em matemática, sem qualquer tipo de ajuda, estudando frações contínuas e séries divergentes. Casou-se então com S. Janaki Ammal, de 10 anos de idade, tendo ido viver com a esposa só depois que ela completou 12 anos de idade.
Procurou trabalho e conseguiu, por interferência de conhecidos, um modesto emprego de contador no porto de Madras (hoje Chennai).Ramanujan começou a frequentar uma universidade local como ouvinte. Os professores, percebendo suas qualidades, aconselharam-no a enviar os resultados dos seus trabalhos matemáticos, 120 teoremas demonstrados de geometria, para o grande matemático inglês Godfrey Harold Hardy. Impressionado com a inteligência do indiano, em 1913, Hardy o convidou para ir para Cambridge. Porém, a mãe de Ramanujam foi contra e o desaconselhou a sair da Índia.
Acabou indo para a Inglaterra e em Cambridge trabalhou durante 5 anos se desenvolvendo mais ainda a matemática. Foi agraciado com o ingresso na Royal Society de Ciências e se tornou professor no Trinity College (Cambridge). Adoeceu com tuberculose em 1919 e voltou à Índia onde morreu, em Kumbakonam, aos 32 anos. Sua viúva, S. Janaki Ammal, viveu em Chennai até sua morte em 1994.