Amor impossível - retas paralelas
Foi num plano, plano Beta,
Onde a história aconteceu,
O amor entre duas retas
E tudo que se procedeu...
Viviam numa geometria,
Chamada Euclidiana
E mal a reta sabia,
O que isso implicaria ao drama...
Pois lá no plano estavam,
E seu olhar a fitava,
De todas as retas que a tocavam,
Era a Paralela que ela amava.
Um dia ela balbuciou baixinho
Para paralela que a amava,
E que ela era o seu caminho,
Que a vida inteira aguardava.
E a paralela chorando,
Disse que sentia o mesmo,
Que não estava acreditando
Que seu amor não estaria a esmo.
Então marcaram um encontro:
"Segue adiante sem parar,
E me encontre em qualquer ponto,
em que conseguir me tocar."
E a paralela como combinado,
Partiu em seu caminho infinito,
Mas não estaria preparado,
Para o paradoxo maldito...
Aflito gritou ao seu amor:
NÃO PODE, DEVE ESTAR ERRADO,
ESTAMOS PRESOS E FADADOS,
AO CARMA DO QUINTO POSTULADO!
E choraram noites e dias,
Pelo fatídico Desencontro,
"NÃO QUERÍAMOS NADA DEMAIS!
QUERÍAMOS APENAS UM PONTO!".
Um ponto de interseção,
era o sonhos das duas retas,
Mas o plano era o vilão,
Mas tinham um plano, uma meta...
Não iriam abrir mão,
Do amor que elas sentiam,
Nem que morressem tentando,
Ainda assim tentariam...
E num determinado dia,
Nunca mais as retas foram vistas,
"Suicidaram-se por covardia"
Diziam as figuras moralistas.
Mas o certo é que dentre tantos boatos,
Havia um que tinha me intrigado,
Era o de um humilde quadrado,
Que disse que havia presenciado...
"As retas estavam felizes,
Chorando de alegria,
Pois haviam descoberto,
uma nova Geometria...
E foi num sorriso singelo,
Em meio a uma risada bucólica,
Foi que eu ouvi dizerem:
AMANHÃ PARTIMOS PARA HIPERBÓLICA!"
Fagner Mera
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