Qual a rentabilidade do Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a bolsa de valores oficial do Brasil (B3) para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% on-line.
É o tipo de investimento de menor risco da economia, pois os títulos públicos são 100% garantidos pelo Tesouro Nacional. O valor mínimo para investimento é a partir de R$ 30,00.
Rendimento dos títulos
O rendimento dos títulos depende do tipo escolhido. Estão disponíveis três tipos de investimento no Tesouro Direto:
1) TESOURO SELIC - ideal para quem quer começar a investir no Tesouro Direto. São títulos pós-fixados que possuem rentabilidade atrelada à Taxa Selic (que é a taxa básica de juros da economia). Veja um exemplo:
Exemplo de título disponível no site do Tesouro. O rendimento anual bruto será a taxa Selic (que hoje é de 10,75%)+0,02%.
É importante ressaltar que, apesar do vencimento do título ser em uma data futura, ele possui liquidez diária, ou seja, você pode resgatar o valor a qualquer momento (como veremos a seguir).
2) TESOURO PREFIXADO - os títulos prefixados são aqueles que têm taxa de juros fixa, ou seja, você já conhece no momento do investimento. É ideal para quem quer saber exatamente o valor que receberá ao final da aplicação, no vencimento do título. Veja um exemplo:
Exemplo de título prefixado cujo rendimento anual bruto será 6,10% fixos.
3) TESOURO IPCA - rentabilidade atrelada à inflação, medida pelo variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA. Ou seja, esses títulos oferecem rendimento igual à variação da inflação mais uma taxa prefixada de juros. Veja um exemplo:
Exemplo de título cujo rendimento anual bruto será o IPCA+3,07%.
Os títulos apresentados acima são apenas exemplos, mas você pode verificar os que estão disponíveis diretamente no site do Tesouro.
Tributação, taxa de custódia e venda antecipada
A alíquota de imposto de renda (IR) incide sobre o lucro obtido e varia de acordo com o prazo da aplicação:
- 22,5% em aplicações de até 180 dias
- 20% em aplicações de 181 a 360 dias
- 17,5% em aplicações de 361 a 720 dias
- 15% em aplicações acima de 720 dias
Além do IR, para investir no Tesouro Direto é cobrada pela bolsa de valores (B3) uma taxa de custódia de 0,25% ao ano sobre o valor aplicado nos títulos. Esta taxa é referente aos serviços de guarda dos títulos e às informações e movimentações dos saldos. É cobrada proporcionalmente ao período em que você mantiver o título.
Uma dica importante é que você procure não vender o seu título antes de 30 dias, para evitar a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que é regressivo do 1º ao 30º dia da aplicação, zerando após esse período.
Por fim, quanto ao resgate antecipado (ou seja, a venda do título antes da data de vencimento), pode ser feito normalmente. No entanto, o preço praticado será o do mercado. Por isso, entre os três tipos oferecidos, o TESOURO SELIC é aquele que possui o menor risco em caso de venda antecipada, pois quase não há perda de rentabilidade.
Já os outros dois (TESOURO PREFIXADO e TESOURO IPCA) podem apresentar oscilações maiores, de acordo com os indicadores econômicos no momento do resgate. Essas oscilações podem ser positivas ou negativas, podendo causar prejuízos ou altos ganhos antes da data do vencimento.
Por isso, se você investiu em títulos prefixados ou atrelados ao IPCA e pretende resgatar antes da data de vencimento, é importante acompanhar o mercado dos títulos, verificando a diferença entre o preço de compra e de venda. Isso se chama marcação a mercado.
Obs.: é importante lembrar que, se não houver venda antecipada, todos os títulos do Tesouro Direto são bastante previsíveis e seguros.
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